Gênero E Diversidade Nas Escolas Brasileiras

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Neste post vou trazer para vocês duas dissertações a respeito de um tema muito discutido nos dias de hoje: como o gênero e diversidade estão sendo tratados nas escolas brasileiras.

Está precisando de inspirações para suas redações? Então fica aqui com a gente!

O Ensino Das Questões De Gênero E Diversidade Nas Escolas Brasileiras

As escolas no Brasil são organizações relativamente novas, montadas pela vinda de jesuítas nos século XVII a fim de povoar o espaço e alfabetizar indígenas. A partir disso, essas entidades conservaram objetivos muito práticos de formação técnica da população, mas durante o decorrer dos anos, pouco ampliaram a educação sobre a vida em sociedade, e por isso, o ensino e sobre a diversidade de gêneros nas escolas brasileiras é precário. Em função dessa passagem histórica, deve-se a má abordagem por parte de órgãos responsáveis sobre o tema multiplicidade de escolhas de gênero, provocando o cumprimento incompleto do real significado social de escola, que é a construção da cidadania.

Em primeira instância, a diversidade sexual não é amplamente abordada por órgãos educacionais, pois o Estado, como um todo, por muitos anos teve posicionamentos homofóbicos. Ilustração disso, é que até 1990, a OMS, através do CID-10 classificava homossexualismo como transtorno mental, e essa visão construída por tantos anos, é refletida nos governantes através das atuais propostas educacionais das escolas brasileiras. Seguindo esse raciocínio, pelo movimento de alargamento da bancada religiosa e conservadora no Senado Brasileiro desde o ano de 2014, foi decidido a exclusão de debate de gêneros do Plano Nacional de Ensino, abordagem errônea, já que ocorreu por influência de um olhar de um grupo singular, o qual não representa a sociedade brasileira como um todo, falhando no currículo de conteúdos de sociologia a serem passados e precarizando a amplitude da educação básica.

Ademais, a escolha de uma posição política minoritária para representar a construção do futuro da nação vai em direção contrária a Constituição de 1988, a qual universaliza horizontalmente os direitos educacionais dos cidadãos. Nesse viés, o ensino brasileiro, embasado no teórico Paulo Freire e legislado constitucionalmente, demanda que a escola seja um local não somente profissionalizante, mas o qual direcione a formação de cidadãos plurais e morais. Então, teoricamente, o plano educacional deve abordar questões relacionadas aos comportamentos sociais do povo brasileiro, incluindo a diversidade de orientações sexuais de sua população, para que esses jovens consigam crescer vendo a própria sociedade e cultura sem as máscaras de preconceitos comuns no cotidiano. Essa abordagem, a qual deixa explícito a realidade vivida, é essencial para a formação de opinião e respeito sobre o outro indivíduo, assim, essa aprendizagem é prejudicada quando não garantida na prática, no dia a dia escolar, como foi o caso da retirada do debate de gênero nas escolas.

Visto isso, depreende-se, portanto, a necessidade da reforma na educação básica e de jovens, para que haja a inclusão do amplo debate sobre a questão de gênero na população brasileira. Para que isso ocorra, cabe ao Ministério da Educação adicionar na formação de professores de escolas básicas matérias de sociologia, as quais incluam a didática para abordar a diversidade sexual individual, para que esses jovens cresçam com olhares menos preconcebidos sobre o tema. Seguidamente, a inclusão no Plano Nacional de Ensino da visão íntegra do ser humano e sua sexualidade, que deverá ser abordada nas matérias biológicas e sociais das escolas. E somente assim, a educação brasileira deixará de ser precária e formará indivíduos mais morais e respeitosos quanto às diferenças pessoais.

Questões De Gênero E Diversidade Nas Escolas

Na Grécia Antiga, a homossexualidade era comum e considerada natural, mas, com o crescimento da influência da Igreja Católica na Idade Média, essa orientação sexual e outras formas de diversidade passaram a ser tabu. Atualmente, esse preconceito medieval permanece e o ensino das questões de gênero e diversidade no Brasil é pouco abordado, pois não há uma regulamentação clara sobre isso e, consequentemente, o combate ao preconceito nas escolas é ineficaz.

Primeiramente, a falta de diretrizes diretas sobre o ensino da diversidade é um problema. Por exemplo, a Base Nacional Comum Curricular, homologada em 2017, não é explícita sobre o ensinamento de temas como gênero e sexualidade. Isso torna incerto o papel das escolas no ensino de tais assuntos, os quais se tornam pouco debatidos e, com isso, os estudantes não adquirem o conhecimento necessário para viver em sociedade. Logo, é preciso melhorar a regulamentação do ensino brasileiro e tornar o tema de diversidade essencial nas escolas.

Além disso, a luta contra o preconceito é ineficiente sem o debate sobre as questões de diversidade. Segundo uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, cerca de 30% dos estudantes homossexuais e bissexuais sofreram ou sofrem preconceito nas escolas. Esse dado indica que a falta de conhecimento sobre o assunto impede o combate efetivo do preconceito, uma vez os professores, funcionários e alunos têm dificuldade em reconhecer atos preconceituosos e muitas vezes não sabem lidar com essas situações. Dessa forma, fica claro que, ao não abordar questões de gênero e diversidade nas escolas, o preconceito não é combatido de maneira eficiente e isso precisa mudar.

Portanto, o Ministério da Educação deve alterar as diretrizes educacionais, por meio de normas, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, com a finalidade de ter uma regulamentação clara sobre o papel da escola no ensino sobre gênero e diversidade e, assim, o preconceito irá ser combatido com mais eficiência.

Fechamento

E ai? Curtiram? Me contem aqui nos comentários qual a sua opinião sobre esses assuntos. Me conta também o que você abordou na sua redação sobre isso. Vou adorar compartilhar esses conhecimentos!